quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Paixões nacionais, café e cerveja formam uma combinação que dá jogo

Pensando em combinações que agradam ao paladar gostaria aqui de explorar a mistura de Café e Cerveja, essas duas bebidas tão queridas por mim e de outros tantos brasileiros.

Muitas bebidas naturalmente apresentam um aroma de café, o que os especialistas costumam chamar de notas. Bartenders, cervejeiros e baristas deram um passo a mais promovendo combinações que resultam em drinks diferenciados e de muita personalidade.

Usando minha marca preferida, o Café Morro Grande apresenta combinações interessantes quando harmonizado com cerveja.

O aroma do café nas cervejas costuma ser fruto do amargor gerado por processos naturais da produção da cerveja. A ascensão dos últimos 30 anos das cervejarias artesanais permitiu que surgissem novos sabores a partir da receita clássica, que existe há mais de cinco séculos. Os fabricantes ainda conquistaram horizontes inimagináveis com a combinação de ingredientes inusitados como mel, rapadura, pimenta e coentro, além do próprio café.

Hoje já existem no mercado cervejarias que produzem bebidas artesanais com adição de café, criando novos estilos facilmente encontrados nas gôndolas dos supermercados.

Outra forma de experimentar essa combinação pode ser feita em casa, na composição de bebidas e drinks. O primeiro passo é escolher o tipo de cerveja a ser usado. As cervejas de cor escura costumam ser mais fáceis de combinar com o café, pois possuem nuances semelhantes de amargor. Já as cervejas mais claras precisam de um pouco mais de prática e testes. O desafio é um pouco maior.

Na prática, as cervejas mais usadas para combinar com café são as do tipo Ale. Para saber qual está levando para casa, é preciso olhar o rótulo. Algumas opções são Stouts, Porters, Schawarzbier, Munich Dunkel e Bock.

Em relação ao café, a quantidade, o tipo e a forma como ele será extraído (coado, espresso etc) também faz diferença no resultado final, bem como outras adições, como chocolate, raspas de laranja e caramelo.

No que diz respeito à combinação, as cervejas mais fortes ficam bem com café expresso, enquanto as mais delicadas e suaves com o café coado.

Especialistas consideram também a relação do tipo de café com a sensação na boca e a retenção do sabor da cerveja. Para quem está começando, vale a pena experimentar.

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Rolê Rockaipira apresenta bandas Invasores e Muaddib

Neste sábado, 22, a partir das 18h, na Brejaria, em Piracicaba/SP, a sexta edição do Rolê Rockaipira apresentará as bandas Invasores e Muaddib. O evento objetiva evidenciar as bandas autorais locais.

Com influências do rock nacional e do punk rock, a banda Invasores (foto acina) tem dois EPs e prepara a gravação do terceiro material. As letras buscam retratar o caos urbano e o cotidiano da sociedade. Conta, em sua formação, com Ricardo Baby (vocal e violão), Marcelo Passari (guitarra e vocal), Rafael Bitencourt (baixo e vocal) e Fabrício Panka (bateria).

Muaddib é um duo musical formado por Fábio Casemiro (guitarra e voz) e Nilo Camargo (voz, percussão e eletrônicos). Entre o real e o ficcional, entre a aridez e a suavidade, entre o punk e o caipira, a banda busca conduzir os ouvintes pela transcendência e pelo êxtase diante do deserto do real.

O evento tem apoio do Brejaria, Cervejaria Leuven, Tempo D Comunicação e Cultura, Groovie Music Studio, Grida Sorensen e Programa É Rock.

Rockaipira - Os Rolês Rockaipira são eventos realizados ao longo do segundo semestre de 2022, no Brejaria, pelo Núcleo Rockaipira, grupo que realiza anualmente o Festival Rockaipira desde 2015, sempre com o objetivo de trazer à tona bandas e músicos que produzem rock autoral em Piracicaba. Com a pandemia, a realização do festival anual foi temporariamente paralisada e a expectativa é de retomada em 2023.

Brejaria

A Brejaria é um descolado Bier Point de cervejas artesanais da cidade, sempre traz promoções e muita qualidade em todas as torneiras.

SERVIÇO

6º Rolê Rockaipira apresenta as bandas Invasores e Muaddib. Sábado, 22 de outubro, a partir das 18h, no Brejaria (Rua Voluntários de Piracicaba, 1291). Os ingressos custam R$ 10, mais taxa, e podem ser adquiridos em: www.rockaipira.com.br. Mais informações podem ser obtidas no Instagram: @somrockaipira

Foto: Os Invasores - Claudia Assencio

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Outback lança prato 100% vegetal

A novidade já pode ser provada a partir de 17 de outubro em todos os restaurantes da rede australiana

Com o objetivo de dar continuidade aos produtos inovadores do menu, se tornando cada vez mais inclusivo, o Outback Steakhouse anuncia que, a partir de hoje (dia 17 de outubro), contará com mais uma novidade 100% vegetal no cardápio: intitulado “Royal Plant Barbecue”, o prato é inspirado em suas clássicas Ribs On The Barbie e Royal Cheese Ribs.

A nova receita, desenvolvida em parceria com a Incrível!, foi desenvolvido para atender o crescente interesse do mercado consumidor por opções vegetais que, segundo pesquisa realizada no fim de 2020 pelo Ibope e coordenada pelo The Good Food Institute (GFI) aponta que 50% dos brasileiros afirmaram ter reduzido o consumo de proteína animal.

Para Renata Lamarco, Diretora de Marketing da Bloomin´Brands, holding que detém a marca Outback Steakhouse no Brasil, essa é uma aposta que mostra como a marca está atenta aos desejos e às necessidades dos consumidores que estão, cada vez mais, em busca de flexibilizar sua alimentação. “Sabemos que, atualmente, a expectativa do consumidor é de que, independentemente do estabelecimento em que vá, ele encontre variedade e alternativas às proteínas convencionais. E acreditamos que o momento da refeição pode ser ainda mais inclusivo e compartilhado por todos”, avalia a executiva. “Por isso, buscamos sempre oferecer diferentes opções para o nosso cliente se sentir à vontade ao optar pelo Outback no momento de descontração junto dos amigos ou da família”, finaliza Lamarco.

A novidade “Royal Plant Barbecue”, que entra para o menu fixo do Outback, estará disponível na versão tamanho júnior feita com 150 gramas de mix de proteínas vegetais Incrível!® sabor costela, com um toque defumado, deliciosamente empanada e finalizada com a combinação dos molhos barbecue e vegetal sabor cheddar, deixando o prato, ainda mais suculento e harmonioso ao paladar daqueles que buscam por qualidade, variedade e inovação. Além disso, o cliente pode optar pelo acompanhamento que desejar dentro do menu do Outback.

“Estamos muito felizes em, finalmente, oferecer ao mercado uma opção 100% vegetal para uma das receitas mais icônicas do Outback. Trazer opções inclusivas e democráticas para o menu dos nossos parceiros faz parte do nosso propósito de democratizar as proteínas vegetais no Brasil.  Por meio dessa parceria, vamos tornar o menu da rede mais democrático e inclusivo, permitindo que os consumidores aproveitem seu #MomentoOutback em uma versão saborosa, suculenta e 100% vegetal”, comemora Camille Lau, Diretora de Marketing da Incrível!

O novo prato fará parte do menu do Outback Steakhouse e a novidade estará disponível nos 139 restaurantes da rede, distribuídos em mais de 50 cidades e 16 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Na cidade, o Outback possui uma unidade no Shopping Piracicaba com todos os serviço de delivery disponíveis.

Sobre a Incrível!

Empresa do Grupo JBS, Incrível!, líder no Brasil no segmento de proteínas vegetais, foi lançada em 2020 como submarca de Seara. Em 2022, torna-se uma marca independente, assume a missão de democratizar o plant-based no país e apresenta um portfólio que inclui diferentes ocasiões de consumo, contemplando snacks, pratos prontos e cortes para o dia a dia. Com produtos feitos com ingredientes naturais e alto valor nutricional, utiliza soja não GMO 100% certificada de regiões de não desmatamento.

sábado, 8 de outubro de 2022

Há 10 anos a cerveja brasileira não era ‘puro malte’

Reportagem foi publicada pela Folha de S. Paulo no dia 6/10/2012

Neste mês de outubro se comemora dez anos de uma descoberta nem tão revolucionária, porém, escandalosa. A informação foi encoberta por muitos anos devido a uma legislação que permitia substituir até 50% da cevada, que deveria ser utilizada na composição da cerveja, por ‘cereais não maltados’. Na grande maioria das vezes, essa troca era feita por milho. Mas tudo não passava de uma suspeita. Além disso, pairava a dúvida sobre a lisura dos fabricantes.

A prova comprovatória só chegou depois de um estudo produzido em Piracicaba/SP, cidade que virou palco de uma infeliz coincidência, visto que o município é conhecido pelas melhores pamonhas do Brasil. O quitute, por sua vez, é feito com o “mais puro creme do milho verde”.

Cevada é a principal matéria prima da cerveja - foto de Paulo Ricardo Santos

Pois bem, a pesquisa foi realizada por cientistas do laboratório de Ecologia Isotópica, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), localizado em um dos campi da Universidade de São Paulo (USP), que abriga esse renomado instituto especializado de tecnologia avançada.

 

Mas essa história começou um pouco antes, na vizinha cidade de Campinas e em uma instituição tão renomada quanto o Cena, quando o físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicou um artigo no jornal Folha de S. Paulo denunciando a ‘malandragem’. O texto foi intitulado “A cerveja: bebendo gato por lebre”.

 

Com isso, o professor levantou a hipótese de que a bebida nacional teria uma concentração de componentes não maltados, o caso é o milho, muito mais alta do que deveria para ser chamada de cerveja. Isso porque de acordo com a norma autorregulatória da indústria cervejeira alemã, a cerveja é composta exclusivamente por apenas três elementos: cevada, lúpulo e água - sendo o fermento um agente interveniente.

 

O termo malte designa a cevada germinada, mas ele pode substituir a cevada total ou parcialmente. A malandragem começava quando os rótulos das mais diversas marcas de cerveja utilizavam a expressão ‘cereais maltados’ ou, simplesmente, ‘malte’, dissimulando a natureza do ingrediente principal na composição da bebida. Com a aplicação desse termo a qualquer cereal germinado, a indústria cervejeira podia optar por cereais mais baratos, ocultando essa opção.

Professor Luiz Antonio Martinelli coordenou o estudo realizado no Cena/USP

A história intrigou o professor Luiz Antonio Martinelli, que se embrenhou em um hercúleo estudo para desvendar o que realmente havia a mais na composição química da bebida. O extenso trabalho de pesquisa analisou 77 marcas do produto, incluindo 49 cervejas produzidas no Brasil e 28 importadas, fabricadas na Europa, nas Américas do Sul e do Norte, além da China. Na época, o estudo foi publicado com exclusividade pela revista científica ‘Journal of Food Composition and Analysis’ e assinado pela bióloga Sílvia Mardegan, aluna de mestrado orientada por Martinelli.

“A imprensa mudou o viés do release publicado pela assessoria de imprensa, porém a surpresa foi positiva, pois foi após essa ampla divulgação que o consumidor descobriu que realmente havia algo de diferente nas cervejas. A partir daí houve uma conscientização que até então não existia, as pessoas começaram a discutir cerveja e a pesquisa contribuiu para incentivar o mercado das artesanais”, lembrou o professor.

 

Infográfico da Folha de S. Paulo ilustrou as cervejas pesquisadas

O resultado de uma das análises químicas mais completas já feitas com marcas de cerveja do Brasil e do exterior não chegou a surpreender, pois apenas confirmou o que já era sabido e que estudos menores já indicavam. Todavia, a pesquisa comprovou que as grandes marcas nacionais tinham elevadas quantidades de milho em sua composição, embora a matéria-prima tradicional da bebida fosse a cevada.


“A publicação do estudo provocou uma revolução no mercado, mas que já estava pronto para isso. A pesquisa com o isótopo funcionou, na verdade, como um catalisador que os marqueteiros das cervejarias souberam aproveitar”, afirmou Martinelli. “Isso é fato, tanto que a indústria cervejeira percebeu rapidamente e explorou isso, pois a partir dali estava surgindo um nicho de mercado, até então, pouco explorado”, completou.

 

Embora contestado pela indústria, que alegou dizendo que o produto brasileiro era um dos melhores do mundo, o professor justificou que o trabalho não avaliava a qualidade da bebida, ou se a cerveja era pior por conter milho, mas apenas a quantidade de substâncias existentes em sua composição química.

 

“Graças a esse estudo, hoje temos um consumidor muito mais consciente. Infelizmente não há como quantificar, e nem temos como mensurar esses números, porém, a percepção em relação ao que está consumindo é nítida e, mesmo que opte por comprar cerveja com milho, agora o consumidor faz isso de forma consciente”, sentenciou.

 

Embora a indústria tenha negado o resultado da pesquisa, fato é que logo depois o termo ‘puro malte’ passou a ocupar lugar de destaque nas prateleiras dos supermercados e as cervejas artesanais começaram a ganhar mais espaço no mercado cervejeiro.

 

“Posso afirmar tranquilamente que a pesquisa com os isótopos acabou funcionando como um selo de qualidade da cerveja. Os rótulos tiveram que mudar e ‘confessar’ as substâncias que existiam no produto”, disse Martinelli.

Xandão não sabia que sua cerveja serviu de referência para o estudo - foto de Paulo Ricardo Santos

Cerveja de referência
Usada como referência na pesquisa que desvendou a utilização de milho na cerveja, a Cevada Pura também foi uma das marcas produzidas no Brasil e avaliadas pelos cientistas durante os estudos.


“Naquele período não havia tanta disponibilidade de marcas de cervejas artesanais nas gôndolas dos mercados e a proximidade de acesso ao produto da cervejaria piracicabana foi providencial para usá-la como referência, estabelecendo o padrão para se fazer as comparações”, lembrou o professor Martinelli.


Na época da publicação, a pesquisa constatou ainda que das 49 marcas brasileiras, além da própria Cevada Pura, apenas Baden Baden, Colorado, Eisenbahn, Heineken, Paulistânia, Schmitt e Therezópolis eram cervejas com alto teor de cevada.

 

“Me lembro bem quando a pesquisa foi divulgada e aquilo caiu como uma bomba no mercado, mas não sabia que a Cevada Pura tinha sido a cerveja padrão da pesquisa. Ao recordar de tudo o que aconteceu me dá mais orgulho de saber que já estávamos no caminho certo”, afirmou Alexandre Augusto Peres Moraes, Xandão, criador e proprietário da marca que acaba de completar 21 anos.


Coincidências à parte, três estilos da cervejaria Colorado utilizadas na pesquisa, Appia, Cauim e Demoiselle, tinham sua produção terceirizada na fábrica da Cevada Pura, em Piracicaba.


“Estamos no mercado há mais de 20 anos e até a primeira metade desse período a produção de cervejas no Brasil ainda era muito restrita às grandes marcas. Pouco se falava das artesanais e as cervejas mais conhecidas eram as tradicionais de processos industriais. Porém, de lá pra cá, houve um boom no surgimento de nanocervejarias e microcervejarias. A reportagem da Folha de São Paulo, em 2012, foi um divisor de águas no mercado”, lembra Xandão da Cevada, como gosta de ser chamado.


A Cevada Pura nasceu com capacidade produtiva de oito mil litros/mês e, já na época da publicação do estudo, produzia 40 mil litros/mês. Atualmente, a produção da cervejaria piracicabana gira em torno de 150 mil litros/mês.

Gráfico do Mapa aponta o crescimento das cervejarias no Brasil nos últimos 10 anos


Cervejarias no Brasil aumentaram 10 vezes em uma década

Divulgado em agosto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Anuário da Cerveja apontou um crescimento de 12% no número de cervejarias registradas no Brasil no ano passado. O levantamento diz respeito a 2021, quando o país registrou 1.549 cervejarias. Em 2020 havia 1.383.

 

O levantamento é realizado desde o ano 2000, quando o país possuía apenas 40 registros. Em 2009, esses números atingiram os três dígitos e, em 2012, ano de divulgação do estudo que desvendou a utilização de milho na cerveja, o levantamento do Mapa apontava 157 cervejarias registradas no país. Ou seja, em uma década, o número de cervejarias no Brasil multiplicou-se por 10.

“Apesar de ser um setor que vem crescendo há duas décadas, é fato que o segmento de cerveja, principalmente artesanal, no Brasil, começou a crescer significativamente a partir de 2010, quando o consumidor passou a enxergar nesse produto uma forma de apreciar essa bebida com mais qualidade do que as cervejas convencionais”, avaliou Xandão.

Os números do Mapa ilustram bem o crescimento exponencial registrado na época, tanto que em 2011 o aumento foi de 13,2% e, a partir de então, em relação ao ano anterior, o ano de 2012 apresentou crescimento de 21,7% e o setor continua em franca expansão por anos seguidos: em 2013 = 24,2%; 2014 = 31,8%; 2015 = 29,2%; 2016 incríveis 48,5%.

Nos três anos seguintes, o setor de cervejas apontou crescimento superior a 30%, cravando 37,7% (2017), 30,9% (2018) e 36% (2019). A partir daí, apesar de permanecer em dois dígitos, este percentual mostrou desaceleração visto que de 2019 para 2020 o número de estabelecimentos aumentou em 14,4% e de 2020 para 2021 cresceu 12,0%, mas isso se deve, em parte, a pandemia de Covid 19.

Paulo Bettiol (Feijão) diz que o conceito de artesanal é usado indevidamente

Entrando no mercado puro malte
Aproveitando o momento de crescimento desse mercado, o Centro Cervejeiro Brew Center, que produz desde o ano 2000, diversificou a linha de produtos com o início da produção de cervejas artesanais.

 

“Nosso processo de produção cervejeira possui 22 anos e, a partir de 2017, decidimos entrar de cabeça no mercado de puro malte. Afinal quanto mais oferta melhor para o consumidor”, afirmou Nirlei Baungartner, que produz para diversas cervejarias, além de fabricar suas próprias marcas como a Villa Alemã, St. Patrick's Beer e Audax, essa última exclusiva para sócios assinantes do Clube Cervejeiro Brasil.

 

Localizada na cidade de Ipeúna, interior de São Paulo, a Brew Center produzia 80 mil litros há dez anos e, atualmente, a produção atinge a casa dos 300 mil litros/mês, o equivalente a quase 400% de aumento. “O movimento do puro malte começou há 10 anos e reconheço a importância do estudo, pois isso nos fez dar uma guinada na produção para acompanhar o mercado. Mas sem investimento em novos e modernos equipamentos não atingiria a qualidade que temos hoje”, concluiu Nirlei.

Marcio Egea Secafin é sócio proprietário da Brotas Beer

Iniciando uma fabricação caseira, em 2010 a brasagem da Brotas Beer não passava de 50 litros. Dois anos depois teve início sua produção industrial, passando a produzir três mil litros ao mês e, no ano seguinte, com a entrada de um novo sócio, a cervejaria da cidade de Brotas/SP expandiu e hoje sua capacidade é de 55 mil litros/mês.

“Entendemos que o aumento do segmento cervejeiro, no Brasil, começou a crescer significativamente a partir do momento que o consumidor passou a ter mais informações e descobriu novos produtos. Há uma década, o brasileiro só conhecia Pilsen e Weiss. Porém, hoje a oferta de novos estilos é muito maior e a qualidade faz a diferença entre as marcas que vem surgindo no mercado”, disse Marcio Egea Secafin, proprietário da Brotas Beer ao explicar o aumento das cervejarias no país.

Fernando Leite da cervejaria Berggren Bier

Gerente comercial da Berggren Bier, da cidade de Nova Odessa/SP, Fernando Leite, afirmou que a cervejaria iniciou sua produção na época do grande salto do mercado cervejeiro. 

“Estamos completando 13 anos, exatamente quando tivemos o surgimento de muitas cervejarias no Brasil e essa ascensão aconteceu de forma muito forte devido o nível de conhecimento que se passou a ter através de mais informações sobre esses produtos. Isso gerou o interesse maior dos consumidores e provocou um crescimento exponencial nesses últimos 10 anos”, explicou Leite.

Apesar do grande crescimento registrado nos últimos 10 anos, o gerente comercial da Brotas Beer, Paulo Bettiol, tem um olhar mais reticente. “Muitas cervejarias estão surgindo, entretanto o conceito de artesanal está sendo utilizado indevidamente, pois houve uma invasão de cervejas puro malte trazidas pelas grandes industrias cervejeiras e isso é saudável para o consumidor, mas não para a concorrência. Porém, para continuar crescendo é preciso organizar e regular o mercado com regras e uma legislação específica que permite com que o crescimento seja justo para todos”, sentenciou Feijão, como é mais conhecido.

Infelizmente, por meio de sua assessoria de imprensa, o Mapa informou não possuir dados específicos sobre as cervejarias artesanais. Mesmo assim, é importante destacar que o número de cervejarias é uma medida para acompanhar a evolução das microcervejarias, que representam cerca de 90% desta quantidade de fábricas do país, segundo o próprio ministério.

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Derico Music Truck chega em Piracicaba para apresentação gratuita

 

Show será na área externa do restaurante Cumbuk, no dia 11 de outubro, às 20 horas

Conhecido nacionalmente pelo talento junto ao saxofone e por quase 30 anos na televisão, o músico Derico, junto com o seu irmão Sérgio, formam o Duo Sciotti e estarão em Piracicaba, no dia 11 de outubro, às 20 horas, para apresentação no restaurante Cumbuk, no bairro Piracicamirim. A entrada é gratuita.

O duo se apresenta no Derico Music Truck, um “food truck” que, ao invés de comida, “alimenta” o público com música de qualidade. “O truck proporciona a audição de um estilo de música muito pouco divulgada no Brasil, que é a instrumental. Rodamos o interior e estamos agora expandindo, inclusive, para fora do Estado de São Paulo. Visamos fazer shows em praças e espaços públicos para chamar músicos locais para tocar”, explica.

No repertório, pop nacional e internacional. “Lulu Santos, Tim Maia, Roberto Carlos, além de samba e bossa nova. Também tem João Bosco, Milton Nascimento, Ivete Sangalo, Chitãozinho & Xororó e outros. Internacional tocamos Phil Collins, Michael Jackson, Eric Clapton, Elton John, Beatles... tudo com linguagem instrumental. O legal é que as pessoas cantam junto, então é bem variado e animado”, afirma Derico.

Paralela à apresentação e também como parte do projeto do truck, na tarde do dia 11, Derico fará uma palestra a adolescentes e jovens do programa de música do Instituto Formar. “Na palestra falo sobre empreendedorismo. Destaco que vale a pena e é possível viver de música no Brasil. Apesar de todas as intempéries e o caminho árduo, é muito gratificante, porque o mundo apoia inclusive profissionais brasileiros da área. Tenho fomentado, na alma deles, que é legal e importante se valorizar, cobrar, porque música é uma profissão como todas as outras, precisa de dedicação, estudo e persuasão”, destaca. 

Carreira

O músico Derico, flautista e saxofonista, ficou conhecido por integrar o “sexteto do Jô”, por 10 anos (de 1990 a 1999), no programa de Jô Soares, o “Jô Onze e Meia, no SBT, e depois no “Programa do Jô”, na Rede Globo (de 2000 a 2016). 

De volta à televisão, em 2019, Derico passou a apresentar o programa “Na Estrada com Derico”, veiculado pela EPTV, emissora afiliada da Globo, onde viajava por cidades com o truck.

O duo Sciotti completou 40 anos. O irmão Sergio toca teclado e, em outubro, os dois devem lançar os cinco CDs de toda a carreira da dupla nas plataformas de áudios.

O Cumbuk

O restaurante funciona de segunda a sábado, das 11h às 14h, com almoço à la carte, e hamburgueria, de quinta a sábado, das 19h às 23h. Há também a opção de pedidos pelo IFood.

Aconchegante e charmoso, o Cumbuk serve pratos deliciosos com opções para todos os gostos. Para o evento com o Derico Music Truck haverá chope Leuven, cervejas e a equipe preparará diversas porções.

Serviço:

Derico Truck no restaurante Cumbuk

Quando: 11/10 (véspera de feriado), às 20h

Endereço: Avenida Rio das Pedras, 554 - Piracicamirim

Entrada gratuita

*A apresentação do Duo Sciotti no Derico Truck será na área externa do restaurante e como a participação é gratuita não é necessária reserva. Porém, a entrada fica condicionada à disponibilidade de espaço no local.

INFORMAÇÕES: (19) 3434.2119