Giovanni Casagrande Silvello é mestrando na Esalq/USP |
Utilizando
matérias-primas exóticas e alguns processos inusitados, esse cervejeiro
caseiro, instalado em Piracicaba/SP, vem criando um receituário muito pessoal e
fabricando bebidas com estilo bastante próprio.
Instalada
no quintal de sua casa, a minicervejaria conta com todos os equipamentos
necessários para a brassagem, como o moinho de malte, tanques para o cozimento,
maturação, filtração e fermentação e um inusitado sistema de resfriamento. Além
de acessórios para enchimento de barris e para envasar garrafas.
Produtos
como melissa, mostarda, sementes de coentro, laranja kinkan, limão siciliano, mel
e erva mate, entre outras especiarias, são comumente usados nas mais variadas
receitas para encontrar novos sabores nos estilos já conhecidos.
“Testo
e experimento tudo antes de misturar, para ver se os novos sabores, realmente,
combinam e se harmonizam para não ter o risco de sofrer alguma reação indesejada”,
explicou. “Dependendo da receita, ainda uso aveia e trigo não maltado. Também
já surgiu a ideia de usar botânicos, como uma aquela fruta do gim, chamada
zimbro”, completou.
Com
capacidade de produzir até 90 litros de chopp, as instalações têm adaptações
bastante engenhosas, como o método pensado para resfriar o mosto, após o
processo de fervura, em que se aproveita a água da piscina, o que não deixa de
ser um artifício de forte conceito ambiental.
“Utilizo
um equipamento (chiller de placas de aço inoxidável) bastante comum para esse
serviço, o diferencial é que uso uma bomba d’água que passa pela piscina, ou
seja, não havendo perda, criei um artifício ecologicamente correto”, explicou.
Outro
equipamento adaptado foi o fermentador. “Com a ajuda do meu pai, utilizamos um
cooler para transforma-lo no recipiente de fermentação. Já a maturação é feita
em recipientes fechados, que adaptados em baldes plásticos, que ficam em um
freezer”, explicou.
Enfim, provei!
Para
abrir a sessão de degustação, provei uma witbier,
cerveja que tem como característica ser refrescante,
o estilo
provém da Bélgica, país onde Giovanni estagiou por um ano na Université
Catholique de Louvain, instituição localizada na cidade Louvain-la-Neuve. Sua a versão dessa clássica bebida foi
aprimorada com melissa e sementes de mostarda, com um ótimo resultado, com
aroma bem leve, mas sabor bem marcante.
A
próxima a ser degustada foi uma Session IPA, com lúpulo australiano. Como adoro
cervejas amargas, costumo gostar da maioria das IPAs, de qualquer estilo, sejam
elas pretas, brancas, session, imperial ou com frutas. Esse ingrediente do país
dos cangurus deixou a cerveja com um sabor encorpado e pouco amargor, porém sem
aquele buquê tão lupulado e marcante desse estilo. No paladar, o resultado foi
inusitado. Ficou DELICIOSA!
Marca Gran Maison já tem seu próprio rótulo |
Maravilhosa .... recomendo a todos
ResponderExcluirParabéns, Gio!! Muito sucesso!
ResponderExcluirUma das poucas artezanais que ja provei que nao fica aquele gosto amargo ruim na boca. Muito competente e produto de otima qualidade!
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