Em sua terceira aparição sob a regência do maestro Jamil Maluf – a primeira, em junho passado, no Teatro Erotides de Campos; a segunda, no 47º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, em julho –, o músico promete uma apresentação alegre e emocionante. “A variedade do repertório é grande. Temos, por exemplo, as músicas De Fraque no Frevo, que é bem animada, Das Antigas, que é um samba dançante, Coração nos Dedos, que é emoção pura. Acho que todos vão gostar!”, conta Peron.
De família tradicional piracicabana, Fábio não esconde a felicidade de tocar por aqui novamente. “Piracicaba tem lugar garantido no meu coração. É a cidade-natal da minha mãe [a musicista Vera Helena Massuh Cury] e é onde parte da minha família está. Minha estreia com a orquestra no Teatro Erotides de Campos foi maravilhosa e tenho certeza de que me apresentar na Esalq, outro belo cartão-postal piracicabano, será inesquecível”, comenta o bandolinista.
O concerto ao ar livre da Orquestra Sinfônica de Piracicaba também terá a participação dos integrantes do Projeto Guri, sob a regência da maestrina Vanessa Zambão. A organização do evento conta com a colaboração para doações de leite, papel-toalha ou itens de higiene pessoal, em prol do Lar dos Velhinhos de Piracicaba e da Casa do Bom Menino.
O evento – que ocorre a convite da Esalq/USP e das empresas patrocinadoras da Sinfônica, Raízen e Caterpillar Brasil, via Lei Nacional de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, do Ministério da Cultura – tem como realizadores a Esalq/USP, a Prefeitura de Piracicaba e a Secretaria Municipal da Ação Cultural (Semac), com o apoio do Bom Peixe, Escola de Música de Piracicaba Maestro Ernst Mahle, Pecege, Unimed Piracicaba, Rádio Educativa FM, Jornal de Piracicaba e Revista Arraso.
Sobre o bandolinista – Fábio Peron, 26 anos, é um jovem virtuose que está desenvolvendo novas linguagens e formas de expressão no seu instrumento – o bandolim de 10 cordas –, transitando por um repertório de música brasileira na qual se identificam desde os elementos do choro, sua escola de formação inicial, até os mais variados sotaques do samba, do frevo e do baião, além das influências jazzísticas e das fusões da música da atualidade.
Filho dos músicos Ítalo Peron e Vera Helena Massuh Cury, nasceu e cresceu ouvindo e tocando músicas de boa qualidade. Seu primeiro instrumento foi a flauta-doce, com 5 anos, embora já fosse apaixonado pelos choros do Jacob do Bandolim e pelo jeito dele de tocar. Foi quando, por volta dos 9 anos, ouviu pessoalmente Izaías Bueno de Almeida tocar uma valsa de autoria de Ernesto Nazareth e decidiu que queria estudar bandolim, instrumento que veio a ganhar aos 10 anos e do qual não desgrudou mais.
Em 2012, concluiu o Bacharelado em Bandolim, na Faculdade Santa Marcelina. Seu trabalho final de curso resultou na gravação de seu primeiro CD, no mesmo ano, denominado Fábio Peron em Boa Companhia. Em 2014, lançou seu segundo CD, Fábio Peron e a Confraria do Som. Em 2015, cursou a pós-graduação em Música Popular, na Faculdade Campo Limpo Paulista (FacCamp).
Fábio Peron tem se apresentado ao lado de grandes nomes da música brasileira, a exemplo de Arismar do Espírito Santo, Lea Freire, André Mehmari, Alessandro Penezzi, Thiago Espírito Santo e Nailor Azevedo Proveta, entre muitos, e seu terceiro CD, Afinidades, já está a caminho.
Com seu trabalho, que compreende temas de composições próprias e interpretações expressivas da obra dos grandes autores clássicos, pode-se constatar a força da transmissão de características culturais marcantes ao longo da história da música brasileira, assim como registrar um momento de grande fertilidade da música instrumental contemporânea.
Conheça Fábio Peron no www.youtube.com/user/ fabioperonconvida
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