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ShakesPIRA, de Paulo Caruso |
Uma exposição paralela
ao Salão de Humor de
Piracicaba, em
homenagem ao poeta e dramaturgo inglês Willian Shakespeare, celebra os 400
anos de sua morte (1616). Na mostra, cartuns e caricaturas inspiradas na vida e
obra do autor, considerado um dos mais geniais de todos os
tempos.
50 artistas gráficos conhecidos, brasileiros e estrangeiros, foram convidados para ilustrar a
caricata figura de Shakespeare. Mas não é que um deles foi além e, embebido
pelos ares caipiracicabanos, antropofagicamente o retratou, canibalizando a
tela do ‘Caipira picando fumo’, de Almeida Júnior?
Ao criar o seu ShakesPIRA, como ele mesmo intitulou, Paulo Caruso deu ao
seu Shakespeare o semblante caipira, confrontando toda a similaridade existente
entre as figuras que representam cada um deles, e que os aproximam, com os
aspectos que os tornam distantes e distintos: um escritor universal e estudioso
da psique humana (não tem
vírgula) e a simplicidade do regionalismo que o retratista nos
possibilita perceber pela relação homem-terra.
Em seus traços, o caricaturista mistura as ideias do escritor inglês,
que viveu nos séculos XVI e XVII, com as do pintor brasileiro da segunda
metade do século XIX, combinando os conceitos culturais presentes tanto na bardolatria
shakespeariana como na historiografia do rei de Brogodó, como o ituano era frequentemente aclamado.
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Caipira picando fumo, de Almeida Júnior |
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